Apresentação dos Resultados Preliminares da Pesquisa de Mercado sobre os Hábitos e Preferências Alimentares em Moçambique

“Este foi um evento produtivo e bastante informativo que, mais uma vez, revelou factos sobre o consumo de ovos em Moçambique, que merecem uma especial atenção, tendo em vista os desafios que o país enfrenta no que diz respeito à desnutrição crónica que afecta principalmente as crianças” – Loko Rogers, Presidente da AMA, Associação Moçambicana de Avicultores.

 Empresários, académicos, o Governo e organizações da Sociedade Civil reuniram-se, em Maputo, no dia 9 de Abril, numa mesa-redonda de partilha e discussão dos resultados preliminares da pesquisa de mercado sobre hábitos e preferências alimentares dos Moçambicanos. Esta pesquisa revelou-se fundamental, por apresentar ao sector privado o comportamento do consumidor Moçambicano, no que diz respeito ao seu poder de compra, às suas preferências alimentares e à maneira como este distribui a sua rendapara a aquisição de alimentos para o consumo familiar.

Segundo o Professor José da Cruz, da UEM, Universidade Eduardo Mondlane, este é “um tema bastante pertinente, tendo em conta a conjutura que o país vive (urbanização rápida, onde produtos com maior visibilidade são os enlatados ou produtos sem o rótulo). Temos também a oportunidade de desmistificar alguns alimentos, por exemplo, a farinha amarela. Por outro lado, podemos realizar acções de marketing mais abrangentes em relação aos alimentos nutritivos”. O Professor Cruz realçou ainda que “a UEM oferece o curso de Química e Sistemas Alimentares, onde um dos módulos do programa consiste na elaboração de pesquisas sobre como os alimentos nutritivos chegam às pessoas, quais os produtos nutritivos que as pessoas consomem e como abranger as pessoas que não consomem ou não estão informadas dos benefícios dos alimentos nutritivos”.

 

Este encontro enquadra-se na série de mesas-redondas que envolvem o sector privado, a academia, o Governo e outros actores relevantes no fortalecimento dos sistemas alimentares, em Moçambique e é promovida pela GAIN, Global Alliance for Improved Nutrition, com apoio da UK aid do Governo do Reino Unido.

Para Eduarda Mungói, do Ministério da Indústria e Comércio, “o estudo aqui trazido mostra-se bastante interessante, pois traz aspectos sobre os hábitos do consumidor e vem também elucidar sobre o que está disponivel no mercado para estes consumidores. Este estudo mostrou o impacto dos produtos fortificados no mercado, mas acima de tudo os aspectos que podem ser corrigidos durante este processo (de implementação da fortificação de alimentos)”. Para Eduarda Mungói, “estão criadas aqui bases para trabalharmos ainda mais com os fornecedores, agregando mais informações aos estudos já feitos pelo Governo, para abarcar aspectos como embalagem, campanhas de consciencialização sobre o logótipo da fortificação e outros. Através da discussão neste fórum, conseguimos levantar questões sobre a qualidade e fiscalização como aspectos importantes para a criação de condições para aumentar a disponibilidade de alimentos fortificados, seguros e nutritivos”.

Proximamente, serão realizadas mesas-redondas para apresentação dos seguintes estudos:

  • Análise da cadeia de valor e pesquisa de mercado: A alimentação complementar e as papas enriquecidas
  • Análise da cadeia de valor e pesquisa de mercado de grupos de alimentos: A produção de ovos em Moçambique
  • Análise da cadeia de valor e pesquisa de mercado de grupos de alimentos: O empacotamento de alimentos em Moçambique

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"Este material foi produzido com o apoio da UK aid do Governo do Reino Unido. Contudo, as opiniões aqui expressas não reflectem, necessariamente, as políticas oficiais do Governo do Reino Unido."

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